Fonte: CNN
A
ciência e a espiritualidade, muitas vezes vistas como conceitos opostos,
começam a se encontrar em novas fronteiras de pesquisa. O programa Sinais
Vitais, da CNN, apresentado pelo cardiologista Roberto Kalil, trouxe uma pauta
que tem despertado curiosidade e debates: a investigação científica sobre
médiuns e os acertos nas cartas psicografadas por Chico Xavier.
Genes ligados à mediunidade
Um
estudo conduzido por pesquisadores brasileiros revelou descobertas
surpreendentes. Cientistas identificaram 33 genes exclusivamente presentes em
médiuns, o que abre caminho para novas perspectivas na compreensão da
mediunidade.
A
pesquisa, liderada por Alexander Moreira Almeida, professor-titular de
psiquiatria da Universidade Federal de Juiz de Fora, e Wagner Gattaz, professor
de psiquiatria da Universidade de São Paulo, analisou o exoma completo de cerca
de 60 médiuns reconhecidos e de seus irmãos não médiuns. O objetivo foi
comparar diferenças genéticas entre esses grupos.
Os
resultados indicam que a mediunidade pode ter, além de aspectos culturais e
espirituais, bases biológicas que merecem investigação aprofundada.
Chico Xavier e as cartas
psicografadas
Outro
ponto destacado no programa foi o estudo das cartas psicografadas por Francisco
Cândido Xavier (1910-2002), médium mineiro reconhecido como um dos maiores
expoentes do espiritismo no Brasil. Pesquisas analisaram as mensagens
atribuídas a pessoas falecidas e verificaram uma alta taxa de acerto em
informações específicas, muitas delas de difícil acesso por meios
convencionais.
Esses
resultados reforçam a necessidade de olhar para a mediunidade não apenas como
fenômeno religioso, mas também como objeto legítimo de estudo científico.
Ciência e espiritualidade em
diálogo
O
Sinais Vitais destacou que o estudo da mediunidade busca explicações racionais,
baseadas em observações e evidências, sem cair em dois extremos: a aceitação
ingênua ou a negação dogmática.
Para
os pesquisadores, compreender a espiritualidade dentro da ciência não significa
provar ou refutar crenças, mas integrar vivências humanas complexas a um campo
de investigação mais amplo.
Assim,
a mediunidade, que por muito tempo foi restrita ao universo da fé, começa a ser
analisada sob a ótica da genética, da neurociência e da psiquiatria,
inaugurando uma nova etapa na relação entre ciência e espiritualidade.
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