Por Astolfo O. de Oliveira Filho
Uma amiga, ainda novata em assuntos
pertinentes ao Espiritismo, pergunta-nos qual a origem da expressão “Mãe
Santíssima” aplicável a Maria de Nazaré, mãe de Jesus.
O assunto é tratado por Humberto Campos
(Espírito) no capitulo 30 do livro Boa Nova, psicografado pelo médium Chico
Xavier, cuja primeira edição foi publicada em 1941.
Algum tempo depois da crucificação de
Jesus, atendendo a uma solicitação feita pelo Mestre momentos antes de expirar,
Maria foi morar com João, ao sul de Éfeso, numa casa situada a uma distância de
três léguas da cidade. João seria, anos depois, o autor do 4º Evangelho e
também do Apocalipse, sendo por isso geralmente conhecido como João Evangelista.
Conforme descrito por Humberto de
Campos, a habitação simples em que os dois passaram a morar situava-se num
promontório, de onde se avistava o mar. No alto da pequena colina, distante dos
homens, eles se reuniam para cultivar a lembrança permanente de Jesus e atender
os que os procuravam.
Pouso e refúgio dos desamparados, a
singela casa transformou-se num ponto de belas assembleias, nas quais as
recordações do Messias eram cultuadas por Espíritos humildes e sinceros. Maria
externava então suas lembranças e falava de Jesus com maternal enternecimento,
enquanto o apóstolo comentava as verdades evangélicas.
Grandes fileiras de necessitados
costumavam acorrer ao sítio generoso, e ela atendia todos os que a procuravam
exibindo-lhe suas úlceras e necessidades.
Sua choupana passou, então, a ser
conhecida pelo nome de “Casa da Santíssima”. O fato teve origem em certa
ocasião quando um pobre leproso, depois de aliviado em suas chagas, beijou-lhe
as mãos, murmurando: “Senhora, sois a mãe de nosso Mestre e a nossa Mãe
Santíssima!”.
Anos atrás – em junho de 2007 – Divaldo
Franco esteve na Casa de Maria, descoberta depois de uma visão da freira alemã
Anna Katharina Emmerich, que descreveu perfeitamente o local, nos idos de 1800,
sem nunca haver saído da Alemanha.
A Casa de Maria fica no alto de uma
montanha, o Monte Koressos, a 7 km das ruínas de Éfeso. Hoje é lugar de
visitação turística, mas, apesar dos vendedores de souvenirs, dos restaurantes
e pequenos bares, quando se chega às proximidades da Casa o ambiente é bem
tranquilo.
Ao lado da casa, sentado numa muralha de
pedra, Divaldo psicografou uma linda mensagem de Joanna de Ângelis, exortando
ao amor ao próximo e à prática do bem. Quem acompanhou a cena pôde sentir as
boas vibrações dos Espíritos nobres que ali se encontravam e de Maria, a Mãe
espiritual de todos nós.
0 Comentários