Mas novos estudos podem ajudar a mudar
os rumos desses conceitos equivocados a respeito da mediunidade.
Uma pesquisa genética realizada com
médiuns e parentes de primeiro grau de médiuns concluiu que “a mediunidade não
está associada à doença mental e que os fenômenos mediúnicos não refletem um
estado psicótico”.
Essa pesquisa também mostrou que além
disso: “os médiuns apresentam algumas vantagens em áreas como qualidade de vida
e a progressão cultural e profissional, quando comparados com seus familiares
sem mediunidade. Isso sugere que a mediunidade está mais associada à saúde do
que à doença mental”, conforme explica uma matéria publicada no Jornal o Tempo
a respeito dessa pesquisa.
A pesquisa publicada no renomado jornal
científico internacional, o Schizophrenia Research, apresenta o estudo
realizado pela Universidade de São Paulo e o Núcleo de Pesquisas em
Espiritualidade e Saúde da Universidade Federal de Juiz de Fora sobre a “Experiência
anômala espírita não associada à psicose”.
Em entrevista ao jornal, Wagner Farid
Gattaz, professor titular de psiquiatria da Universidade de São Paulo disse:
“Como os médiuns apresentam vivências em parte semelhantes às alucinações que
ocorrem em pacientes com quadros psicóticos, como escutar vozes, apresentar
visões ou sentir-se em contato com espíritos, fizemos este projeto para
verificar se os médiuns apresentam doença mental, especificamente quadros
psicóticos, que poderiam explicar suas vivências”.
E concluíram nesta pesquisa que: “a
mediunidade não está associada à doença mental e que os fenômenos mediúnicos
não refletem um estado psicótico”.
A
explicação da mediunidade de acordo com o espiritismo
Enquanto a ciência busca comprovar que a
vivência mediúnica não está associada à doença mental e alucinações, o
espiritismo esclarece que a mediunidade faz parte da nossa natureza como
espíritos imortais.
A mediunidade se trata de uma capacidade
natural de comunicação entre encarnados e desencarnados, ou seja, entre o plano
físico e espiritual.
Mas algumas pessoas possuem essa
percepção extra sensorial mais desenvolvida de comunicação com os espíritos, que
são chamados médiuns.
“Os
Espíritos se comunicam por meio dos médiuns, que lhes servem de instrumentos e
de intérpretes” (O Livro dos Médiuns, questão 49)
Existem vários tipos de mediunidade e
graus de desenvolvimento do médium de acordo com o planejamento reencarnatório
desse médium.
Em relação a questão da saúde e os
sintomas físicos algumas vezes relacionados à mediunidade, explica Allan Kardec
em O Livro dos Médiuns, na questão 221: Será a faculdade mediúnica indício de
um estado patológico qualquer, ou de um estado simplesmente anômalo?
“Anômalo,
às vezes, porém, não patológico; há médiuns de saúde robusta; os doentes o são
por outras causas.”
No que diz respeito à pesquisa
científica realizada pelo Núcleo de Pesquisas em Espiritualidade e Saúde da
Universidade Federal de Juiz de Fora, sobre as diferenças entre a experiência
espiritual e o transtorno mental é de grande importância para o meio
científico, pois muitas vezes as manifestações mediúnicas como ver e escutar
vozes não percebidas por outras pessoas ou sentir a presença de seres não
visíveis, podem ser interpretadas erroneamente como sintomas de esquizofrenia
(doença mental caracterizada por alucinações).
Os pesquisadores envolvidos neste estudo
chamam a atenção para a importância de saber diferenciar uma coisa da outra, ou
seja, diferenciar as experiências
mediúnicas dos transtornos mentais.
Como podemos diferenciar fenômenos
mediúnicos de projeções mentais oriundas de distúrbios psicóticos? O médico
Alberto Almeida abordou no programa Diálogos no Jardim das Oliveiras sobre a
diferenciação que devemos fazer entre os processos alucinatórios e os processos
mediúnicos que podem gerar dúvidas e se trata de um desafio à ciência espírita
e à ciência médica.
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