Chico Xavier, como se sabe, era um grande
amigo de nossos irmãozinhos animais. Afirmando que “os animais têm alma e valem
pelos melhores amigos”, Chico já nos dava prova da relação espiritual destes
seres ao nosso redor e do quanto ainda desconhecemos a real função que eles têm
na nossa evolução a nós, seres humanos, a responsabilidade que precisamos ter
para contribuir para a evolução deles.
A história de Chico com a cachorrinha
“Boneca” vale a pena ser conhecida para nossa reflexão, especialmente para
aqueles que tiveram um destes amigos desencarnados recentemente.
Boneca era uma linda cadela da raça Fox que
pertencia ao casal amigo de Chico Weaker e Zilda Batista. Aos domingos, quando
Chico ia almoçar na casa deles, situada defronte à sua própria, Boneca esperava
com grande ansiedade pelo médium e fazia muita “festa” quando ele chegava, saltando
para os seus braços, assim que ele transpunha o portão de chegada. Abanando sem
parar a pequena cauda amputada, Boneca não cabia em si de contente.
Segurando-a com as duas mãos, deixando que
ela apoiasse as patas em seu peito, Chico conversava com ela dizendo: “Boneca,
eu estou cheio de pulgas... olhe Boneca, quantas pulgas em mim!... Tire,
Boneca, tire as pulgas de mim...”
Durante 5 a 10 minutos, lá no corredor da
casa, todos ficavam admirados com o carinho de Chico com Boneca, o qual depois
lhe falava: “Agora. Nós vamos almoçar e você também... na semana que vem, eu
pego mais pulgas para você catar!”
Parecendo entendê-lo, Boneca pulava de seus
braços e corria para a varanda, onde lhe seria servida a refeição.
No entanto, a cachorrinha Boneca morreu velha
e doente. Chico sentiu muito a sua partida. Mais tarde, um casal de amigos que
a tudo assistiu ofertou a Chico uma filhotinha da mesma raça da saudosa Boneca.
A filhotinha muito nova ainda, estava envolta em um cobertor, e os presentes a
pegavam no colo, sem contudo desalinhá-la de sua manta. A cachorrinha recebia
os afagos de cada um, ficando cada vez mais dentro da coberta. A conversa
corria o mais variada possível, quando Chico entrou na sala, e alguém colocou
em seus braços a pequena cachorrinha. Ela, sentindo-se no colo do Chico, começa
então a subir e lamber-lhe.
“Ah, Boneca, eu estou com muitas pulgas”, diz
ele. A filhotinha começa a caçar-lhe as supostas pulgas, e parte dos presentes,
que conheceram Boneca, exclamaram: “Chico, a Boneca está aqui! É a Boneca,
Chico? Emocionados, perguntamos como pôde acontecer?”
Chico: “quando nós amamos nosso animal e
dedicamos a ele sentimentos sinceros, ao partir, os espíritos amigos o trazem
de volta, para que não sintamos tanto a sua falta. É a Boneca que está aqui
sim. Ela está ensinando a esta filhotinha os hábitos que me eram agradáveis.
Nós, seres humanos, estamos na natureza para auxiliarmos o progresso dos
animais, na mesma proporção em que os anjos estão para nos auxiliar. Por isso,
quem chuta ou judia de um animal, é porque ainda não aprendeu a amar.”
Esta e várias outras histórias podem ser
encontradas no livro “Chico Xavier, o amigo dos animais” de autoria de Carlos
A. Baccelli.
Além de emocionante esta história nos mostra
várias questões:
Sim, os animais têm alma individualizada e
raciocínio;
Os animais reencarnam;
Os animais conseguem, quando ainda no mundo
espiritual, auxiliar-nos e auxiliar os demais animais encarnados;
Os animais apresentam mediunidade.
A questão da mediunidade será tratada em
outro artigo para não tornar este muito extenso e cansativo.
Ainda encontramos em nossas palestras,
pessoas arredias com a exposição dos animais e que se recusam a compreender a
questão espiritual destes pequenos irmãos em evolução. São arraigadas em
conceitos mal explicados e interpretação das obras de Kardec, como se fossem
somente direcionadas aos seres humanos, o que não é.
No entanto, é impossível tentar ser espírita,
e aceitar somente aquilo que agrada ou não provoca mudanças interiores. O
espiritismo é uma filosofia que nos faz pensar e a reforma íntima acaba sendo
um dos pilares daqueles que caminham por esta estrada.
Assim, analisar, conhecer, estudar a alma dos
animais é um dever do espírita, tanto quanto praticar a caridade e estudar
temas como obsessão, suicídio, vícios e tantos outros.
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