Depende da disponibilidade, vontade e da
evolução de cada Espírito. O estágio na erraticidade, como denominava Kardec, a
vida Espiritual, é variável.
Podemos ficar um ano ou um milênio. Depende
de nossas necessidades e opções.
Em média, ficamos mais tempo na Terra do que
no Além.
Tendemos a ficar mais tempo no mundo
espiritual, até por uma questão de disponibilidade reencarnatória. A população
desencarnada é bem maior que a população encarnada.
Não estão equivocados os demais Espíritas que
falam da necessidade de valorizarmos a experiência humana, considerando que há
filas no Além, aguardando o mergulho na carne.
A evolução não está subordinada
exclusivamente à vida Física. Ocorre nos dois planos. O Espírito evolui também
no continente Espiritual, onde está nosso lar. (Isto também se fizer por onde,
auxiliar os necessitados e não ficar na inércia).
Alguns Espíritos com graves comprometimentos
Espirituais, em virtude de seus desatinos, necessitará retornar à carne em
tempo breve. Um missionário, que costuma vir à Terra para sagradas tarefas em
favor do bem comum, poderá permanecer séculos na Espiritualidade. (O caso do
nosso saudoso Francisco Cândido Xavier).
"Então em média, ficamos mais tempo no
mundo espiritual"?
Considerando-se não apenas a disponibilidade
reencarnatória, mas também o fato de que a experiência humana funciona como um
estágio escolar. O tempo que o aluno passa na escola é bem menor do que aquele
que ocupa com outras atividades.
Espíritos mais amadurecidos, conscientes de
suas responsabilidades, planejam a época do retorno. Espíritos imaturos são
orientados e conduzidos por mentores Espirituais.
Mas e se o Espírito recusar-se a reencarnar?
Havendo necessidade premente, seus mentores
providenciarão a reencarnação compulsória.
Então perguntamos? Onde fica o Livre
Arbítrio? Sendo obrigado a reencarnar, não será natural que o Espírito venha a
se rebelar, que não assuma suas responsabilidades"?
Provavelmente. Tanto quanto o sentenciado que
não se conforma com a prisão em que foi confinado. Mas, assim como a
penitenciária objetiva conter o comportamento criminoso, a reencarnação
compulsória desbasta as imperfeições mais grosseiras do Espírito reencarnante.
Entre "choro e ranger de dentes", segundo a expressão evangélica, ele
amadurecerá; por amor ou pela dor. Enfim ele não ficará no "Bem Bom",
só gozando de prazeres. Quanto ao Livre Arbítrio, está intrínseco nele suas
Leis.
Ruy L Freitas
CONTRIBUA COM A CAUSA ESPÍRITA
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