Queridos irmãos e queridas irmãs que estão
infelizes, sem fé e sem esperança, não deixem que o desânimo destrua a vida de
todos vocês, pois foi neste desânimo que deixei a vida terrena.
Hoje estou aqui para implorar a todos vocês
que, por um motivo ou situação estão descrentes e com pensamentos ruins. Não
deixem que estes sentimentos tomem conta de seu ser, ou melhor, que devorem sua
alma.
Sou um dependente químico e um suicida,
verdade que me deixei levar por “amizades” tristes, mas não os culpo por nada,
eu tinha a opção de dizer não e não o fiz.
Me droguei até o fim dos meus dias e, no
último dia, eu fiquei lúcido diante dos meus familiares, olhei para cada um e
pensei: “Você está cometendo o maior erro de sua vida nesta viagem sem volta.
Você tem pessoas maravilhosas que sempre acreditaram que seria capaz de ficar
limpo e ter um futuro bom ou talvez brilhante.” Será que foi um anjo que dizia
essas coisas em meus ouvidos? Seria um aviso? Ou a minha consciência me
mostrando o que eu ia deixar para trás e que seria responsável pelo sofrimento
de cada um, tendo eu desencarnado consciente do meu erro e da dor que ia levar
de todos?
Fiz a minha viagem, sofri a minha dor e
fiquei paralisado pelo meu erro e na escuridão dos lamentos dos meus. Fui
resgatado por misericórdia de Deus e por pedido dos meus irmãos em carne, que
rogaram a Deus pelo meu perdão e deixei a lama da escuridão para a luz da
esperança, da recuperação da minha essência e do resgate da fé.
Através de estudos, de serviços no bem e
meditação pude ter consciência da minha total irresponsabilidade com a vida,
que eu hoje a vejo, que é sagrada e bendita.
Quero que todos saibam que existe
misericórdia, mas também existe dor e muita dor, não se iludam com um paraíso
abençoado, e sim com a dor de recuperar a sua alma.
Deus, hoje tenho condição de pedir o seu
perdão, pois tenho lucidez e conhecimento da sua grandeza. Perdão por mim e
perdão aos meus familiares, me sinto digno de ser chamado de Seu filho.
Manoel Rezende, um filho de Deus resgatado por
misericórdia.
Autor: M. Nicodemos
COMPARTILHE ESTA MENSAGEM
0 Comentários