Por Wellington Balbo
Há no meio espírita muitas controvérsias com
relação as colônias espirituais. Debates acalorados são travados e, não raro,
discussões que acabam por provocar animosidades acontecem por conta do assunto.
Alguns espíritas dizem que sim, as cidades
espirituais existem.
Médiuns também corroboram com a tese. Há
diversos livros psicografados pelos mais diferentes médiuns em que são
relatadas cidades no mundo dos espíritos.
Aliás, médiuns em épocas mais recuadas do que
o próprio Espiritismo já falavam das cidades espirituais.
Cidades semelhantes as da Terra, com prédios,
móveis, objetos de todos os tipos.
Já outros autores e estudiosos do Espiritismo
afirmam que as colônias não existem, porquanto Kardec nada fala sobre isto em
suas obras.
Estuda daqui, reflete de lá e eis que aqui me
encontro para dar meu pitaco sem, contudo, a pretensão de convencer A, B ou C.
Kardec não fala disto abertamente em sua
obra, mas em minha interpretação é possível que as colônias existam.
Tomo como base uma passagem em O livro dos
Médiuns. No capítulo VIII, Laboratório do Mundo Invisível, Kardec e São Luis
travam curioso diálogo sobre a aparição do espírito de uma pessoa viva e que
portava uma tabaqueira.
Foquemos no objeto: a tabaqueira.
Kardec esmiúça o assunto. Como sempre ele
quer saber tudo de tudo. Seria uma cópia da tabaqueira que havia no mundo
físico a que apareceu junto com o Espírito?
Seria uma ilusão para dar veracidade a
aparição?
Teria alguma coisa de material a tabaqueira?
São Luis responde que a tabaqueira não é uma
ilusão e tem algo de material. Informa, ainda, que os Espíritos exercem enorme
poder sobre a matéria, um poder, aliás, que não podemos imaginar.
O Espírito, portanto, a depender de sua
vontade pode concentrar objetos e dar-lhes forma, inclusive tornando-os
tangíveis ao homem encarnado.
Diante do diálogo de Kardec com São Luis,
suponho, então, que os Espíritos podem construir as colônias espirituais e
demais objetos no mundo dos Espíritos se assim o quiserem.
Ou minha suposição está errada?
De qualquer modo, cedo ou tarde saberemos o
que se passa...
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