Temy Mary F. Simionato
Frente ao desencarne, fenômeno natural da
vida, é necessário conter o desespero, resignando-se perante a vontade divina.
Quando os familiares controlam as emoções, cultivando em prece sentimentos de confiança,
os amigos da Espiritualidade encontram facilidade para promover o desligamento
sem traumas maiores para aquele que parte e sem desequilíbrios aos que ficam.
Dispensemos as honrarias materiais
exageradas, como coroas e flores, transformando este valor material em
donativos às instituições assistenciais; lembremo-nos da necessidade de cumprir
o tempo determinado de sepultamento ou cremação, para evitar sofrimentos
desnecessários ao desencarnante.
As preces e o amor dos amigos ajudam muito o
Espírito nesta viagem, podendo criar barreiras magnéticas que impedem a
presença de Espíritos sofredores que poderiam prejudicar o desenlace desse
irmão. Quem partiu merece e precisa do socorro do nosso coração.
Não façamos do velório um encontro social.
Cultivemos o silêncio e, caso não consigamos este tipo de comportamento, será
melhor nos retirarmos evitando aumentar o barulhento concerto de vozes e
vibrações desrespeitosas. A nossa conduta imprópria o faz sofrer e revoltar-se.
Tenhamos piedade fraternal e comportemo-nos como gostaríamos que procedessem
conosco.
Se pretendemos cultivar a memória de
familiares e amigos, usemos flores para enfeitar a vida e nunca para exaltar a
morte na frieza do cemitério, pois, certamente, irão preferir receber nossa
mensagem de carinho por vibrações saudosas, sem culto ao corpo inerte.
Durante nossa passagem na Terra, devemos
deixar todos os nossos compromissos devidamente organizados, para que parentes
e amigos não sejam perturbados por credores e outras contrariedades e, assim,
quando estivermos na Pátria Espiritual, não receberemos vibrações menos
fraternas.
No momento do sepultamento, façamos uma
oração, dirigindo-nos a Jesus, desejando a este irmão paz e feliz retorno à
verdadeira pátria; sendo breve e falando sobre o significado da morte
indevidamente situada como fim da vida, quando é apenas um desdobramento dela
em horizontes mais amplos.
O benfeitor espiritual Emmanuel nos orienta
como deve ser nosso comportamento em um velório:
Somente permanecer no velório enquanto puder
manter a postura de vigilância;
orar com sinceridade em favor de quem partiu
e da família;
esforçar-se para não lembrar episódios
infelizes envolvendo o desencarnante;
estar sempre disponível para o chamado
atendimento fraterno com os irmãos presentes;
respeitar a religião e cultos de todos os
presentes, contribuindo para a harmonização do ambiente, através da
solidariedade;
não perder o foco do objetivo maior que é o
auxílio espiritual ao desencarnante, familiares e Espíritos desencarnados que
estejam no local necessitando de auxílio através da oração;
estar disponível na medida do possível para
contribuir espiritual e ou materialmente com os irmãos presentes, sobretudo
aqueles que estiveram sob maior impacto pela morte do irmão;
se convidado a enunciar a prece, fazê-la
brevemente, com objetividade e otimismo;
aproveitar a ocasião para refletir sobre a
impermanência de todas as situações materiais da vida física, fortalecendo o
nosso desejo de amar e servir durante o tempo que ainda nos resta no corpo
físico;
e, principalmente, guardar a certeza de que o
Espiritismo é o Consolador Prometido por nosso Mestre Jesus e que a mensagem da
Imortalidade do Espírito desvelada por Jesus e Kardec é a base de todas as
nossas buscas de amor e fraternidade, bem como nosso refúgio em momentos
dolorosos como a morte, sendo antes de tudo uma mensagem de alegria e otimismo,
Verdadeiramente a nossa "Boa Nova"!
Bibliografia:
Vieira Waldo pelo Espírito André Luiz –
Conduta Espírita – lição 36 – Perante a desencarnação - FEB editora - Brasília
- 32ª edição - 2013.
Simonetti Richard – Quem tem medo da morte?
CEAC editora Rio de Janeiro/ 3ª edição - 2003. Páginas 55 e 58.
Moreira Marmo Leonardo/ Velório - Revista
Semanal de Divulgação Espírita – O Consolador – ano 4 – número 196 13/02/2011.
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