ALGUÉM SEM RELIGIÃO PODE SALVAR-SE MAIS FÁCIL DO QUE O BEATO

Por José Reis Chaves


A Igreja dizia que fora dela não havia salvação, o que era fruto do seu atraso evolutivo da época.

Esse erro e outros, como o absurdo inferno imaginado por Dante Alighiere na sua “Divina Comédia”, eram aceitos pela Igreja até princípios do Século XX. Mas alguns desses ensinos errados ainda são aceitos até hoje por parte de evangélicos e católicos de pouca instrução, os quais estão frontalmente contra os postulados cristãos verdadeiros, pois discriminam e, às vezes, até ofendem quem não comunga com suas ideias religiosas ‘vencidas’, o que é lamentável!


 O inferno bíblico´figurado como o é o Purgatório da Igreja, elogiado por Kardec por ser temporal. De fato não podemos pecar “eternamente” e, consequentemente, não podemos também pagar “eternamente”, o que seria injusto. Nós seremos medidos, mas na mesma medida com que tivermos medido (Mateus 7: 2). E Jesus diz que temos que pagar tudo até o último centavo (Mateus 5: 26), mas pago o último centavo, estaremos quites com os nossos pecados, o que joga por terra, totalmente, as tais de “penas eternas”. A justiça divina é perfeita. E, assim, ninguém paga mais do que deve.

E o pagamento ou carma de sofrimento não é castigo de Deus, mas disciplina, para que entendamos que, de acordo com essa lei inexorável de causa e efeito, nós colhemos o que semeamos (Gálatas 6: 7). Se quisermos, pois, um destino feliz, pratiquemos, então, o bem e o amor incondicional evangélico, que nos recomenda a prática desse amor até para com os nossos inimigos. (Mateus 5: 44).

E é só assim que, um dia, poderemos conseguir passar pela difícil ‘porta estreita’, símbolo de nossa salvação ou libertação que nos foi dado pelo próprio Mestre dos Mestres que veio, exatamente, para nos ensinar a verdade que nos liberta, tirando-nos, pois, da nossa atual escravidão do mal.


As pessoas que ainda vivem o cristianismo medieval, que, oficialmente, vai até princípios do Século XX, não foram e não  são cristãos verdadeiros, embora os seus adeptos pensassem e pensem ainda o contrário. E os erros do cristianismo do passado são justificados pela ignorância e o atraso evolutivo da Humanidade da época. Mas hoje, não se justificam mais, pois as portas da verdade esclarecedora do evangelho estão aí escancaradas, e só não entra por elas quem não quiser!


A crença numa religião exclusivista, ou seja, aquela que considera como verdadeira e salvadora somente a nossa e que as outras levam à condenação é completamente errada, pois o que nos salva mesmo é a prática do amor a Deus sobre tudo e ao nosso semelhante no mesmo grau em que nos amamos. E esse amor está presente em todas as religiões e é o que nos ensina com maestria o excelso Mestre: Conhecereis meus discípulos por se amarem uns aos outros (João 13: 34 e 35), e não, pois, por terem ou deixarem de ter uma determinada religião, o que lembra a conhecida frase de Kardec: “Fora da caridade não há salvação”. E Paulo (1 Coríntios 11: 19) até diz que é bom que haja divisões entre nós, mas é claro, com dignidade, respeito e a caridade cristã e espírita.

E aqueles que não têm religião até que podem salvar-se mais facilmente do que os beatos religiosos, mas intolerantes, briguentos e desarmonizados com seus semelhantes e, por consequência, com Deus! 

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