Costumamos ouvir algumas frase como:
“Só peru morre de véspera!”;
“Chegou sua hora, Deus o levou!”
“Puxou a ficha, vai mesmo.”
São frases populares fazendo referência ao
fato de que ninguém desencarna antes que chegue seu dia.
Piedosa mentira! Na realidade ocorre o
contrário. Poucos cumprem integralmente o tempo que lhes foi concedido, ou
seja, a maioria desencarna antes da hora. Com raras exceções, o homem terrestre
atravessa a existência abusando da máquina física, comprometendo sua
estabilidade. Segundo André Luiz, raros os que atingem a condição de
“completistas”, isto é, que aproveitam, integralmente, as experiências humanas,
estagiando na carne pelo tempo que lhes foi concedido.
DESTRUÍMOS O CORPO FÍSICO DE FORA PARA
DENTRO, com vícios, a intemperança, a indisciplina, o álcool, o fumo, o tóxico,
os excessos alimentares, tanto quanto a ausência de exercícios, de cuidados de
higiene e de repouso adequado, minam a resistência orgânica ao longo dos anos,
abreviando a vida física.
DESTRUÍMOS O CORPO FÍSICO DE DENTRO PARA FORA
com o cultivo de pensamentos negativos, idéias infelizes, sentimentos
desequilibrados, envolvendo ciúme, inveja, pessimismo, ódio, rancor, revolta.
Há indivíduos tão habilitados a reagir com irritação e agressividade, sempre
que contrariados, que um dia “implodem” o coração em enfarte fulminante. Outros
“afogam” o sistema imunológico num dilúvio de mágoas e ressentimentos,
depressões e angústias, favorecendo a evolução de tumores cancerígenos.
Tais circunstâncias fatalmente implicarão em
problemas de adaptação, como ocorre com os suicidas. Embora a situação dos que
desencarnam prematuramente em virtude de intemperança mental e física, seja
menos constrangedora, já que não pretendiam a morte, ainda assim responderão
pelos prejuízos causados à máquina física, que repercutirão no futuro
reencarnatório, impondo-lhes penosas impressões, dando origem a deficiências e
males variados que atuarão por indispensáveis recursos de reajuste.
Não somos proprietários de nosso corpo
físico. Usamo-lo em caráter precário, como alguém que alugasse um automóvel
para longa viagem. Há um programa a ser observado, incluindo roteiro, percurso,
duração, manutenção. Se abusamos dele, acelerando-o com indisciplinas e tensões,
envenenando-o com vícios, esquecendo os lubrificantes do otimismo e do bom
ânimo, fatalmente nos veremos às voltas com graves problemas mecânicos. Além de
interromper a viagem, prejudicando o que fora planejado, seremos chamados a
prestar contas dos danos provocados num veículo que não é nosso.
No futuro, em nova “viagem”, provavelmente
teremos um “calhambeque” com limitações variadas, a exigir maior soma de
cuidados, impondo-nos benéficas disciplinas.
Fonte: https://www.kardecriopreto.com.br
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