PSICOGRAFIA: O QUE É REAL E O QUE NÃO É


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Psicografia é a faculdade mediúnica pela qual os Espíritos influenciam o médium a escrever. A mediunidade é uma habilidade do corpo físico, independentemente da religião, inclusive, até ateus podem ser médiuns! O médium é aquela pessoa, homem ou mulher, que faz a ponte entre o plano invisível e o plano físico. Neste caso da psicografia, pela escrita.

Segundo a Doutrina Espírita, a mediunidade é coisa santa, e como tal, não pode ser cobrada ou banalizada. O médium que faz comércio desse dom, não pode dizer que é espírita, pois, em verdade, não o é.

A psicografia, assim como qualquer outro tipo de mediunidade, é uma faculdade inerente a todos os seres humanos, mas que se manifesta de forma mais intensa em uns do que em outros, estes, são os chamados médiuns ostensivos.

Jesus disse: “De graça recebeste, de graça dai” (Matheus, 10). Também expulsou os comerciantes do Templo de Jerusalém, dizendo que não se comercializa coisas espirituais, não pode fazer de um dom divino, um meio de vida (Mt 21:12,13). Significa que, na vida terrena, é com o corpo ou com o intelecto que devemos trabalhar para tirar o nosso sustento.

A função da psicografia, bem como dos outros tipos de mediunidade, é provar a existência da vida fora do corpo físico. Porém, devemos tomar cuidado com os “falsos profetas”. Sabemos o quão difícil e triste é perder um ente querido, o quanto é valioso ter qualquer coisa em mãos, que nos traga essa pessoa de volta, seja como for. A saudade que se instala em nossos peitos dói muito. Quem nunca passou por isso, não é mesmo?

Lembrando que Deus é nosso Pai Amoroso, que nunca nos deixa sem amparo, que, em sua infinita misericórdia, não separa os que se amam, devemos confiar que, no momento oportuno, teremos esse contato tão esperado, de várias formas. Em sonho, no encontro de almas, e, por que não, com uma carta psicografada? Sim, claro que é possível. Mas não devemos sair desesperadamente em busca de um médium que promete escrever. Isso causa mais dor, mais desequilíbrio emocional, abrindo brechas para aproximações de obsessores que em nada nos ajudarão. Tudo deve acontecer naturalmente. O telefone toca de lá para cá, já nos ensinava o querido Chico Xavier.

Por mais difícil que pareça, o melhor caminho é orar por seu equilíbrio emocional, em primeiro lugar. Em seguida, orar pelo desencarnado, que ele tenha um despertar tranquilo e feliz. E por último, mas tão importante quanto, procurar ajudar o próximo. Sim, isso nos faz bem e é viver o que Jesus nos ensinou.

Um médium mal-intencionado, por mais que não cobre, mas que queira fama e reconhecimento, é capaz de descobrir tudo de nossas vidas, assim como qualquer outra pessoa, muitas vezes nos induzem a responder aquilo que precisam saber e nós, desesperados, nem notamos que lhes fornecemos todas as informações necessárias para uma fraude.

É muito fácil para qualquer um escrever qualquer mensagem rasa em troca de reconhecimento. E, mesmo que ele não nos induza a dar as respostas ou pesquise previamente sobre a nossa vida, existem Espíritos muito inteligentes e que vibram em uma sintonia inferior, que descobrirão rapidamente qualquer desejo íntimo que temos, e, por meio de comunicação mental, ele passa as informações para o médium, que, num show teatral, escreverá a suposta mensagem do ente querido. A carta torna-se sim psicografada, mas por um espírito mistificador.

A psicografia quando realizada dentro dos princípios doutrinários, não é só para receber notícias de um parente ou amigo. Ela serve para aquecer nossos corações, nos dar esperanças, são palavras de vida eterna.

Um médium, verdadeiramente espírita, vai prezar pela pureza doutrinária, não vai querer nada em troca, nem dinheiro, nem pulseiras, roupas, nem nenhum tipo de agradecimento. Vai mostrar a fé raciocinada e não irá incentivar nenhum dogma ou misticismo. Nunca nos sentiremos enganados.

O médium espírita não age de má fé sobre a fragilidade de um irmão. O médium espírita respeita a dor do próximo e trabalha da melhor forma possível de acordo com os ensinamentos do nosso modelo e guia, Jesus.

Um exemplo tão lindo é nosso inesquecível Chico Xavier, quantas almas ele acalmou, quantas pessoas se alegraram com um bilhete simples, porém verdadeiro. E os livros que foram ditados pelos mais diversos Espíritos superiores escritos por suas mãos? São bálsamos em nossas vidas.

“Estude Kardec. Conhecer Kardec para entender Jesus”, conforme orientou Bezerra de Menezes.

Por: Helena Kolbe


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