Por Morel Felipe Wilkon
Você sabe o que são sonhos eróticos? Você já
ouviu falar de incubus e sucubus? De acordo com a classificação de Martins
Peralva, estudioso do Espiritismo, que pouco difere da classificação dada por
Allan Kardec na Revista Espírita, os sonhos podem ser comuns, reflexivos ou
espíritas. Sonhos comuns são a continuação de nossas disposições físicas ou
psicológicas. Por exemplo, quando você vai dormir com fome e sonha com comida,
ou quando você tem uma entrevista de emprego no dia seguinte e sonha com a
entrevista. Sonhos reflexivos são fragmentos de lembranças. E os sonhos
espíritas, que é o que nos interessa, é a sua atividade durante o sono.
Seguindo essa classificação, o sonho erótico
pode ser a continuação do desejo que você teve durante o dia, pode ser a
lembrança de atos praticados ou pode ser atividade real durante o sono. Enquanto
seu corpo físico repousa, você dá vazão ao que realmente lhe
interessa. Muitas pessoas são surpreendidas com a diferença de
personalidade que apresentam em sonho. Nos sonhos não nos comportamos da mesma
forma que no estado de vigília. Nos sonhos não temos o chamado da matéria a nos
lembrar compromissos, obrigações, deveres e valores morais impostos pela
sociedade. Nos sonhos “cai a máscara”.
André Luiz nos afirma
que três em cada quatro pessoas buscam prazeres em zonas astrais inferiores
durante o período de sono. Este fato é muito mais comum do que
imaginamos. Desde a Antiguidade e durante a Idade Média há inúmeros relatos de
pessoas que praticavam sexo durante o sono. Incubus, a forma masculina, e
sucubus, a forma feminina, como eram chamados esses espíritos, ou simplesmente
demônios, eram, como hoje sabemos, espíritos ainda viciados em sexo, ou
vampirizadores de energias, que se aproximavam de pessoas com quem
sintonizavam. Isso não mudou nada. Apenas sabemos, hoje, que incubus e sucubus
não eram seres especiais nem demônios, mas espíritos como eu e você.
É preciso aceitar que só podemos ser
influenciados por espíritos com quem tenhamos alguma afinidade. Isso vale tanto
para encarnados quanto para desencarnados. Ninguém nos influencia se não
tivermos nada em comum para ceder à influência. Se esses sonhos eróticos se
tornam rotineiros, é sinal de obsessão. Obsessão, muitas vezes, provocada pelo
próprio obsediado, por não vigiar seus pensamentos e mesmo por convidar,
imprudentemente, o espírito obsessor.
Quem vive esse tipo de sonho, mesmo sem ter
consciência de que isso é real, está interagindo com espíritos vampirizadores.
Se esse processo se mantém, há um rápido enfraquecimento físico e psíquico,
gerando um quadro do qual cada vez mais se torna difícil de sair. É certo que
muitas pessoas nem sequer imaginam que isso exista. Mas você sabe que os
espíritos desencarnados são os mesmos espíritos que eram quando estavam
encarnados. O espírito não muda só porque desencarnou. A pessoa continua com as
mesmas tendências e desejos. E muitos espíritos desencarnados assediam os
encarnados em busca de prazeres e energias que acalmem os seus desejos
descontrolados.
De todos os relatos que recebo, os mais
comuns são os que se relacionam a este tema. Como este é um assunto que a maior
parte das pessoas evita, imagino quantas pessoas têm alguma experiência
relacionada a este tema e não o expõe. Quando esse processo começa, ele é
agradável e aparentemente inofensivo, já que não há ninguém de carne e osso
observando ou participando. Com o tempo, o pensamento e a imaginação se tornam
atitudes reais – embora em estado de sono físico – e a sintonia com o espírito
está completa. A partir daí, o processo obsessivo se instala em forma de ideia
fixa no desejo.
Há pessoas que conhecem esse tipo de sonho
como sonho lúcido, pois a pessoa sabe que está sonhando e domina ou pensa que
domina o sonho. O que os desavisados não sabem é que há espíritos envolvidos,
há outras consciências além da nossa participando desse “sonho”. Quem pratica a
projeção consciente sabe que isso não é “sonho”, é ato tão real quanto qualquer
ato praticado no plano físico. A única diferença é que tudo se passa no plano
astral.
Um envolvimento com espíritos desse tipo pode
causar sérios comprometimentos. É o mesmo caso de quem oferece “presentes” ou
oferendas para espíritos. O que você espera de um espírito desencarnado que
promete determinado serviço em troca de cachaça e charuto? Você pediria a uma
pessoa qualquer, que você nunca viu antes, que lhe fizesse tal favor em troca
de uma garrafa de cachaça e mais algumas coisinhas?
Acordados ou dormindo, somos os mesmos. Somos
o mesmo ser, o mesmo espírito imortal. A vigilância e os valores devem ser
permanentes, durante as vinte e quatro horas do dia. Se não conseguimos
controlar isso durante o sono, temos que redobrar o cuidado no estado de vigília…
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