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rês jovens da cidade de Xinguara, no norte
do Piauí, caíram de uma ponte ao tentar tirar uma foto no dia 22 de abril de
2018. De acordo com a polícia local, as garotas tentavam fazer uma selfies
quando a lateral da ponte desabou, fazendo com que elas despencassem de uma
altura de 10 metros, fraturando as pernas e pés. A ponte passa sobre o rio Cais
e é utilizada como linha férrea, apesar de degastada com o tempo. As
adolescentes estavam tirando selfies no local, quando a plataforma da lateral
desabou com elas. [1]
Essa não é a primeira vez que uma tentativa
de selfies termina mal. Na Rússia, o governo chegou a criar um manual para
evitar novas mortes por esse motivo. Entre as indicações há a exibição de
riscos ao subir em pontes, parar no meio da rua ou mesmo se esticar em uma
plataforma de trem.
Uma pessoa de bem consigo mesma, na maioria
das vezes, posta selfiess com imagens mais espontâneas, ao invés daquelas
estrategicamente montadas e editadas. Pessoas mais desatentas tendem a postar
selfiess às vezes mais erotizadas e exibicionistas, com o intuito de receber o
maior número de “curtidas”, e com isso obterem uma falsa percepção de que são
“amadas”.
Há aqueles que fazem selfiess nas academias
retratando os corpos “sarados”, e se não tiverem “curtidas” e “comentários”
ficam frustrados, deprimidos e aumentam os exercícios para esculturar o visual.
Há, sem dúvida, alguns transtornos que podem estar associados ao comportamento
descontrolado da produção desses selfiess, como depressão, fobia social,
transtorno afetivo bipolar e transtorno dismórfico corporal [2]. Tais
transtornos trazem prejuízos concretos à vida do indivíduo, como isolamento
social, anorexia, bulimia, automutilação e, no extremo, até suicídio.
Nesse sentido, o vício de tirar centenas de
selfiess não é uma prática recomendável, até porque a “auto representação
seletiva” não aumenta a autoestima e nem a autoconfiança. Normalmente,
carências afetivas são as principais causas da necessidade de se expor, de
chamar a atenção. Quando não preenchidas, comumente provocam situações
psicopatológicas extremas.
Há pessoas (alucinadas) que vão tirar selfies
próximas a animais ferozes, subindo no trilho de um trem, equilibrando-se no
parapeito de uma ponte, nas culminâncias das torres ou ainda nos pontos mais
altos de edifícios gigantes, que aliás têm sido uma das “modas” mais perigosas
dos últimos tempos, e isso tem trazido consequências graves.
A tecnologia de registro de imagens precisa
estar a nosso favor e a benefício da sociedade. Que tal se, em vez de postar
constantemente o próprio retrato, postássemos imagens com informações culturais
ou compartilhássemos projetos sociais importantes? Isso sim seria muito útil à
sociedade. Obviamente não será através da postagem de milhares de fotos de si
mesmo que se estará colaborando com a melhoria da vida no planeta.
O sentimento de inferioridade ou de baixa
autoestima associa os viciados nas selfiess a uma auto exposição exagerada, a
uma autonegligência ou desmazelo das coisas pessoais. O nosso avanço espiritual
consiste, exclusivamente, na forma de vermos a vida, e isso nada mais é do que
a demonstração de uma nova visão otimista de nós mesmos e do mundo ao nosso
redor.
Pensemos nisso!
Fonte: A Luz na Mente
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