Por Alkíndar de Oliveira
“Cada
encarnação é como se fosse um atalho nas estradas da ascensão. Por este motivo
o ser humano deve amar a sua existência de lutas e de amarguras temporárias,
porquanto ela significa uma benção divina, quase um perdão de Deus”. (Emmanuel)
Se de um lado a boa lógica nos diz que nossa
última encarnação é sempre a mais importante, pois mais uma vez temos a
oportunidade de nos redimir dos erros passados, creio que esta atual, pelas
deduções mais abaixo, é especialíssima. Creio firmemente que é a nossa mais
importante existência de todos os tempos. Se conscientizarmo-nos deste fato,
faremos com que nossos pensamentos, sentimentos e atitudes tomem salutar
direção. Para que a conclusão do tema seja confirmada pelo (a) leitor (a),
atentemos aos textos abaixo:
“(O
planeta Terra) há chegado a um dos seus períodos de transformação, em que de
orbe expiatório, mudar-se à em planeta de regeneração, onde os homens serão
ditosos, porque nele imperará a lei de Deus”.
Santo
Agostinho, O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo III, item 19.
As características do Mundo de Regeneração:
“O homem (…) ainda é de carne. (…) Ainda tem
de suportar provas, porém, sem as pungentes angústias da expiação. (…) Eles (os
mundos de regeneração) representam a calma após a tempestade, a convalescença
após a moléstia cruel”.
Santo Agostinho, O Evangelho Segundo o
Espiritismo, capítulo III, item 17.
“Quem pudesse acompanhar um mundo em suas
diferentes fases, desde o instante em que se aglomeram os primeiros átomos
destinados a constituí-lo, vê-lo-ia a percorrer uma escala incessantemente
progressiva, mas de degraus imperceptíveis para cada geração, e a oferecer aos
seus habitantes uma morada cada vez mais agradável, à medida que eles próprios
avançam na senda do progresso”.
Santo Agostinho, O Evangelho Segundo o
Espiritismo, capítulo III, item 19
Dos depoimentos logo acima destaquei, em
negrito, a expressão “degraus imperceptíveis”, a qual denota que não
perceberemos de maneira evidente a passagem do nosso mundo, de Expiação e
Provas, para a próxima e determinante etapa, a de Mundo de Regeneração.
Consoante a esta condição, o Espiritismo nos faculta a possibilidade, através
de pesquisa e do raciocínio lógico, de passarmos a enxergar o que parece não
estar evidente.
Se não há dúvida de que estamos num período
de transição para um Mundo de Regeneração, vou além, tenho a convicção de que
caminhamos a passos largos nessa bendita direção. Creio que toda esta atual
convulsão mundial é importante prenúncio desta aprazível mudança, pois todos os
sofrimentos atuais estão despertando o ser humano a procurar um significado à
vida.
É saudável, caro (a) leitor (a), que duvide
desta minha convicção de que caminhamos a passos largos para um Mundo de
Regeneração.
Trago então para, livremente, poder refletir
sobre os esclarecimentos oriundos de grandes mestres de nossa Seara:
I – Allan Kardec nos diz quando o Espiritismo
se tornará Crença Comum em todo o mundo terreno:
Antes de expor o dito de Kardec, entendamos
que a expressão constante no título logo acima, “crença comum”, não
necessariamente significa religião comum. Pois, talvez por um longo período as
diversas religiões hoje existentes continuarão a ter suas atuais denominações.
No entanto, Kardec esclarece que, futuramente, o princípio essencial, de todas
elas, será calcado nos fundamentos espíritas, uma vez que estes são
provenientes de leis da natureza. E toda lei da natureza, depois de revelada,
se torna incontestável. Veja o exemplo da eletricidade, a qual por muito tempo
foi vista como feitiçaria e hoje universalmente compreendemo-la como lei
natural. Lembremo-nos também da lei da gravidade que, não obstante, por muito
tempo desconhecida da humanidade, hoje é aceita sem qualquer contestação. O
mesmo ocorrerá com os temas Reencarnação, Pluralidade dos Mundos Habitados e
Comunicabilidade dos Espíritos, que, por serem leis naturais, no tempo certo
todos seres humanos naturalmente irão crer.
Retornando ao assunto-título deste parágrafo,
muitos de nós, espíritas, não tivemos olhos para enxergar o que está claro e
límpido como um lago cristalino: Kardec já nos informou quando o Espiritismo
será implantado na Terra. Na questão 798 d’O Livro dos Espíritos, a qual tem
como foco quando haverá a implantação do Espiritismo na Terra, Kardec nos
esclarece que “(…) durante duas ou três gerações, ainda haverá um fermento de
incredulidade, que unicamente o tempo aniquilará”.
Como a boa lógica nos diz que após um período
de incredulidade a única alternativa será um período de credulidade, façamos as
contas para esclarecermo-nos sobre quando chegaremos a esse alvissareiro
período. Antes, é importante dizer que, mesmo a expectativa de vida na época de
Kardec ser bem inferior aos 70 anos, o fato é que as pessoas consideravam esta
idade como sendo o tempo de uma geração. Agora, sim, façamos as contas:
(a) Se na época de Kardec uma geração
correspondia a um período de 70 anos;
(b) Se Kardec afirma que o período de
incredulidade durará duas ou três gerações (140 a 210 anos);
(c) Se após o período de incredulidade vem o
período de credulidade:
(d) Se O Livros dos Espíritos, que iniciou a
Era do Espiritismo, foi editado em 1.857;
Então, fazendo as contas chega-se à seguinte
conclusão:
Conclusão I: O Espiritismo passará a ser
crença comum no período compreendido entre os anos de 1.997 a 2.067.
II – Chico Xavier nos informa quando a terra
será um mundo de regeneração:
No livro Plantão de Respostas, Volume II,
Chico Xavier diz: “Emmanuel afirma que a Terra será um mundo regenerado por
volta de 2.057”.
Percebamos que o ano de 2.057 está dentro do
limite preconizado por Kardec, no item Conclusão-I, logo acima. O que nos leva
a crer que, quando os princípios espíritas estiverem implantados em todo o
planeta, haverá uma revolução cultural em tamanha proporção, que veremos o
alvorecer do tão esperado Mundo de Regeneração.
Conclusão II: O Mundo de Regeneração terá seu
alvorecer por volta de 2.057, ano este dentro dos limites de tempo em que
Kardec afirma que o Espiritismo será Crença Comum.
Reflitamos:
Considerando que nós habitantes atuais da
Terra, eventualmente, não fazemos parte dos espíritos que nas últimas décadas
do século XX iniciaram o retorno a este planeta, com nobreza no coração e
espírito de fraternidade, com certeza, não fazemos parte dos espíritos
altamente evoluídos que reencarnarão em 2.025.
A questão é: Como ficamos nós?
Bem, a oportunidade nos foi dada. Somos
habitantes da Terra num momento muito especial, o que é uma dádiva divina. Esta
é grande oportunidade que temos de iniciarmos a reparação dos nossos erros
pretéritos. Precisamos com toda nossa força, com toda nossa vontade, com todo
nosso empenho, aproveitar desta oportunidade de aqui estarmos habitando este
planeta que logo poderá nos dar a condição de termos um ambiente onde a
tendência ao bem será a tônica. Como alcançarmos esta graça? A única solução é
iniciarmos já nossa regeneração espiritual.
No primeiro semestre do ano de 2.005 ouvi de
uma presidenta de determinado Centro Espírita da cidade de São Paulo: “Dentro
de nossa casa espírita havia muita intriga, muitas discussões e conflitos
improdutivos. Um dia nossa equipe se reuniu e fizemos um acordo, o de sermos
fraternos. Isto já faz um ano. Desde aquele dia até hoje, a fraternidade está
presente entre nós. Sabe, nós descobrimos que ser fraterno é uma questão de
escolha”.
Dessa forma, em nosso meio espírita,
escolhamos sermos fraternos, aceitando nossas diferenças, isto é, exercitando a
alteridade. Sermos fraternos é – simplesmente – uma questão de escolha. Então
que, nós que temos a dádiva de ter conhecido o Espírito Consolador, possamos
escolher o caminho da fraternidade e, com isto, merecermos ser habitantes da
Terra em sua nova e breve etapa: Mundo de Regeneração!
Ajude-nos divulgar a Doutrina Espírita!
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