Não existe acaso na doutrina espírita. Quando
nos deparamos com situações humilhantes, das quais não esperamos, muitas vezes,
nos perguntamos: “Porque Deus permitiu?” Qual é a visão espírita da fatalidade?
A vaidade e o orgulho levam os encarnados a
se questionar desta forma. As provas físicas escolhidas no mundo espiritual
criam “uma espécie de destino”. Mesmo assim, são escolhas. Portanto, o
livre-arbítrio sempre prevalece, tanto no mundo espiritual, quanto no plano
físico.
Vemos todos os dias, casos de pessoas que
vivem algum problema na família. Muitas vezes, esses desafios podem acarretar
comportamentos nocivos por parte de algum membro participante desta prole. Este
mesmo pode alegar: “Eu não podia ser diferente! Com essa família que eu tenho”.
Ou seja, este encarnado atribui a
responsabilidade de tomar atitudes ruins a sua família. Atentemo-nos, essa não
é uma atitude salutar, pois devemos assumir os nossos erros e enfrentá-los com
coragem para não repeti-los em próximas encarnações ou nas atitudes terrenas.
O Livro dos Espíritos esclarece que essa
reação é comum, pois, algumas vezes, o amor próprio do ser humano não gosta de
atribuir a responsabilidade a si mesmos sobre os insucessos que experimentamos.
Como aplicar a visão espírita nos acontecimentos
da vida
Nosso mundo é um planeta de provas e
expiações que abriga espíritos encarnados e desencarnados que estão em busca de
evolução. Nós, os encarnados, sofremos influências dos espíritos, mas eles não
dominam a nossa vontade.
“Tu mesmo escolhe sua prova. Quanto mais
difícil, mais se elevará”, trecho da questão 866 (adaptado).
Quanto mais o fardo é pesado, mais o espírito
evolui. A vida é uma espécie de teia, que vai se fiando conforme as histórias
se entrelaçam e formam um denominador comum. Esse denominador é a vida que
precisamos viver. Nada é coincidência, mas sim, providências tomadas pela
espiritualidade superior. Temos a oportunidade de suportar as provas e escolher
como lidar com elas. Nada é castigo! Tudo é aprendizado!
Fonte: O Livro dos Espíritos.
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