A hanseníase , antes conhecida como “Lepra” é
uma doença que acompanha a humanidade desde os primórdios terrenos sendo que há
registros que datam de 600 a.C na Ásia e na África.
Devemos alertar de que a hanseníase é uma
doença crônica e infectocontagiosa de notificação obrigatória no Brasil, assim
como a tuberculose, a AIDS e outras doenças transmissíveis entre humanos. A
hanseníase atinge pele e nervos periféricos podendo levar a sérias
incapacidades físicas. Uma doença que hoje em cura graças a descoberta na
década de 40 das sulfonas, oriundas da química sintética, ainda hoje o estigma
do contágio ainda é predominante.
Muito embora desde a década de 60 não á mais
necessidade de leprosários , o que foi uma vitória em termos de humanização, já
que essa doença sempre foi tratada com preconceito e repugnância, as pessoas
com essa enfermidade eram excluídas da sociedade, abandonadas a própria sorte
no período antecessor e durante o de Cristo, na idade média considerada doença
proveniente do pecado, a o exilio ou a extinção era a solução para eliminar o
mal naquele corpo .
Infelizmente não bastava o exilio e a exclusão,
em muitos países nos casos mais graves os hansenianos eram executados.
“[...] a maioria das vezes o enfermo era
preso em sua habitação, sendo queimado juntamente com seus pertences. [...]”
(Mesgravis, 1976, p. 119).
Em 1868, a bactéria causadora da moléstia foi
identificada pelo norueguês Armauer Hansen, e as crenças de que a doença era
hereditária, fruto do pecado ou castigo divino foram afastadas. Porém, o
preconceito persistiu, e a exclusão social dos acometidos foi até mesmo
reforçada pela teoria de que o confinamento dos doentes era o caminho para a
extinção do mal.
Foram criados os leprosários , mas não
bastava os separar, se ocorresse uma morte no leprosário, o corpo seria ali
enterrado; no caso do “leproso” residir em uma cabana, era usual que se ateasse
fogo à habitação para que o corpo fosse queimado juntamente com seus pertences.
Muito embora hoje hanseníase tenha cura e o
tratamento seja gratuito, o Brasil esta em 2º lugar no mundo e o 1º Lugar na
América latina..
“O Maranhão também lidera em casos entre
menores de 15 anos - são cerca de 400 por ano, ou 12% do total do Estado. [...]
No Brasil, essa participação das crianças em novos casos fica em torno de 7% a
8%, o que mostra quão ativa a doença ainda é no país - uma criança doente indica
em geral que há um adulto não tratado transmitindo hanseníase. (BBC BRASIL.)
O que o espiritismo diz? Bem poderíamos aqui
falar sobre Eunice Weaver , que indiscutivelmente foi um ícone dentre o
tratamento aos hansenianos, e conforme Divaldo Franco ela era "mãe dos
filhos dos hansenianos" e evitou que milhares de crianças se
contaminassem. Após desencarnar, apareceu radiosa para Divaldo, onde escreveu a
mensagem "Marcados na Alma", onde faz uma análise dos portadores da
hanseníase moral, que é a enfermidade entrando, e dos portadores da hanseníase
física, que são aqueles que tem a enfermidade saindo; pode-se afirmar que os
que hoje estão marcados na alma, pelos danos praticados contra si mesmos,
através do seu próximo, a quem prejudicaram em vidas passadas, e,
inevitavelmente serão os portadores da hanseníase, das degenerescência
cancerígena de hoje ou de amanhã.
Sob esse prisma, destacamos e convergimos
duas informações de relevância:
1- Evangelho Segundo o Espiritismo no Cap.
VII – “BEM AVENTURADOS OS POBRE DE ESPÍRITOS” , onde percebemos que a
reencarnação é a única maneira de purificarmos a alma, desembaraçando-nos dos
males do passado, onde o objetivo tornarmo-nos mais pobres(humildes) de
espírito.
2- E Jésus Gonçaves, (1902-1947), pessoa de
bom coração e de história de vida sofrida, desencarnou por complicações
reflexas da hanseníase, e, que de ateu convicto, tornou-se espirita fervoroso,
a ponto de Funda em 1945 no Hospital-Colônia de Pirapitingui a “Sociedade
Espírita Santo Agostinho”, e, após seu desencarne, comunicou-se com Chico
Xavier e Divaldo Franco, revelando em vidas anteriores, ter sido Alarico, o
Grande (Seculos IV e V) e Armand Jean du Plessis Richelieu, o poderoso Cardeal
Richelieu, nos séculos XVI e XVII.
Alarico e Richelieu foram pessoas perversas e
violentas, e em suas encarnações matavam e queimavam suas vítimas para
simbolizar o poder, conforme Jésus, Alarico era soberbo e vaidoso, dono de uma
crueldade sem igual, comandou a sangrenta invasão de Roma em 410 que resultou
em milhares de mortes.
Richelieu, sob a batuta religiosa da época,
foi o mais poderoso homem da França, destacou como político e estadista,
tornando –se uma das mais notáveis figuras do regime monárquico francês, cujas
mãos duras e inteligentes detiveram o poder político da França, acima mesmo do
rei Luis XIII.
Seu zelo excessivo e terrível pelo seu país e
pelo seu governo foi capaz de justificar aos olhos dos homens, que o temiam e o
admiravam, as guerras internas e externas pelas quais a França, enveredou em
nome de ideais fanáticos, colocados acima de todos os ideais humanos,
proporcionando espetáculos de sangue e deixando muitos povos na miséria.
Jésus, ficou órfão de mãe aos três anos e do
pai aos quinze, aos dezesseis teve de se sustentar como trabalhador braçal, aos
vinte anos casou-se com Theodomira de Oliveira, que era viúva e já tinha 2
filhas. Mesmo assim ainda tiveram mais 4 filhos. Nesta época empregava-se como
Tesoureiro da Prefeitura.
Em 1930 sua esposa desencarna de uma
tuberculose. Apesar das enormes dificuldades em criar suas 6 crianças casou-se
novamente, com Anita Vilela, vizinha que lhe ajudava a cuidar das crianças; aos
27 anos foi acometido pela Hanseníase. Anita era espírita e tentava, em vão,
esclarecer a mente do ateu Jésus.
Em 1933, o Serviço Sanitário recolhe-o,
internando-o no Asilo-Colônia Aymorés. Percebendo o destrato e rotina do local,
fundou o jornal interno "O Momento", a "Jazz Band de
Aymorés" e a equipe de futebol. Por não receberem grupos artísticos no
asilo, fundou também o grupo teatral interno.
Em 1943 falece Anita Vilela, de câncer no
útero. Jésus ateu convicto questiona Deus, às voltas com suas dores no fígado,
resolveu chamar aquele "Deus", e o desafiou, tirando um pouco de água
e colocando em um copo.
"- Se Deus existe mesmo, dou 5 minutos
para que coloque nesta água um remédio que me alivie as dores que sinto".
E contou no relógio.
Quando bebeu a água sentiu que estava
totalmente amarga. Chamou um companheiro que confirmou a alteração da água...
Após 2 minutos nada mais sentia em dores.
Jésus passou a crer, e tornou-se espírita,
anos depois fundou a “Sociedade Espírita Santo Agostinho”.
Convergindo os dados, percebemos que a doença
de Jésus, foi sua expiação após ter vivenciado em outras vidas atitudes cruéis.
Salientamos que estamos em transição
planetária, e muitos espíritos buscam resgate e purificação de suas almas.
“[...] Sucede, meus filhos, que as regiões de
sofrimento profundo estão liberando seus hóspedes que ali ficaram, em cárcere
privado, por muitos séculos e agora, na grande transição, recebem a
oportunidade de voltarem-se para o bem ou de optar pela loucura a que se têm
entregado.”(FRANCO/2011)
As causas das enfermidades nem sempre são
expiações, também podem ser provas ou missões, sob esse prisma afirmamos que em
todos os casos, sempre é para a evolução do espírito.
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