por Regis Mesquita
A escolha dos pais com os quais o espírito
vai encarnar (como filho) acontece justamente porque eles podem oferecer ao
espírito a possibilidade de “ativar” determinados complexos de encarnações
passadas. Isto significa que a criança terá naquela família as dificuldades e
facilidades necessárias para ela cumprir aquilo que foi planejado antes de
nascer (missão de vida).
- O retorno do espírito para o corpo é
planejado. A família em que ele nascerá será aquela capaz de propiciar o
positivo e o negativo que ele precisa para evoluir.
- A escolha da família na qual um espírito
vai reencarnar é determinada pelas qualidades e defeitos que fazem parte do
núcleo familiar. Toda família possui características que estimulam
positivamente ou negativamente a criança, que está em processo de formação.
Explico-me: uma mãe amorosa, mas medrosa,
engravidou. Suas vibrações foram de profundo amor, aceitação e alegria. Junto
veio o receio e a insegurança. O espírito que nascerá será estimulado por todos
os sentimentos, pensamentos, vibrações e sensações da mãe. Tanto as vibrações
de amor quanto as vibrações de insegurança (por exemplo) vão influenciar na
formação do feto.
Suponhamos que esta mãe tenha medo de perder
o emprego. Este conjunto de pensamentos, sentimentos, vibrações e sensações
chega até o feto. O feto não tem condições de lidar com estes estímulos. Ele
usa o “banco de dados” do espírito. O espírito é a referência, a memória e a
percepção do feto. Ou seja, é o espírito quem dá sentido aos estímulos que
chegam da mãe. Chamamos estes estímulos de dinamizadores, pois eles dinamizam e
estimulam a memória espiritual, fazendo com que parte dela seja impregnada na
mente do bebê antes dele nascer, durante o parto e mesmo depois do nascimento.
Suponhamos agora que em uma encarnação
passada este espírito tenha passado fome por causa de desemprego. As vibrações
da mãe dinamizam esta memória do espírito e o resultado poderá ser a ansiedade
no feto. A ansiedade no feto gerará uma criança ansiosa (que terá que enfrentar
o desafio da ansiedade em sua vida).
Desta forma, o bebê que nasce é uma
continuidade do espírito que nele está encarnado. Ele nasce com informações de
outras encarnações e do plano espiritual. O bebê não é uma página em branco,
ele possui uma riqueza extraordinária de informações e recursos (é assim que se
forma a personalidade do bebê).
A formação da mente é acompanhada pela
entrada de conteúdo do espírito, que molda o novo corpo que está se formando.
Somos uma continuidade. Somos um corpo novo
conduzido por um espírito antigo, que já teve muitas encarnações, possui muitos
recursos, habilidades, conhecimentos, condicionamentos, traumas, etc.
Toda criança é um espírito repleto de vida e
de história. É muito importante saber trabalhar com esta história e aproveitar
os recursos que foram arduamente desenvolvidos em dezenas (ou centenas) de
encarnações.
Lembre-se: o feto está ligado a um espírito
que possui capacidade de percepção e memória. Os acontecimentos desta fase da
vida são armazenados e influenciam a formação da mente do bebe. Desta forma, as
primeiras memórias que o bebê terá serão um misto de memórias intrauterinas com
memórias de encarnações passadas.
"A família é o campo de provas para a
evolução do espírito;"
A mãe insegura (do exemplo anterior) deve se
sentir culpada? Não, nunca. A escolha dela (e do pai) para receber aquele
espírito deve-se ao conjunto de suas qualidades e dificuldades. O espírito
nasce em um novo corpo para lutar, superar dificuldades e evoluir. Ele está
reencarnando porque possui muito à aprender e amadurecer. As dificuldades que
são dinamizadas na formação do feto JÁ estão presentes no espírito e devem ser
por ele resolvidas.
Traduzindo: a família dinamiza somente aquilo
que o espírito que está reencarnando carrega no "coração". É igual na
vida cotidiana: o que esperar de um ingrato? Ingratidão. E de uma pessoa
desonesta? Desonestidade. Se alguém der um prato de comida para um ingrato, o
que será dinamizado? Ingratidão. Talvez o ingrato pense e sinta raiva:
"ela me deu arroz com feijão, deveria ter me dado macarrão". Se esta
pessoa for grata, ela não terá ingratidão por receber um prato de comida. Só é
dinamizado o que está no "coração" desta pessoa. O que não existir,
não pode ser estimulado.
Da mesma forma, se a mãe emitir vibrações de
insegurança e o espírito for seguro, ela não irá dinamizar nada. Tudo de bom ou
ruim que for dinamizado no espírito é porque já está presente neste espírito.
Se no seu "coração" (espírito não tem coração, imagem simbólica)
houver paz, o espírito sentirá paz mesmo que os pais não sintam esta paz. O que
existir pode ser estimulado, o que não existir não será estimulado. O que for
dinamizado (estimulado) será o que o filho terá de bom ou ruim para enfrentar.
Os filhos são uma benção para a família
porque com sua personalidade única contribuem para que os pais também aprendam
com eles. Todos aprendem, porque todos possuem muito à aprender e evoluir.
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