Recentemente, na Califórnia, nos Estados
Unidos, Hannah Powell-Auslam, uma menina de 10 anos de idade, foi diagnosticada
com câncer de mama, um caso considerado, extremamente, raro (carcinoma
secretório invasivo). Os médicos fizeram uma mastectomia, mas o câncer se
espalhou para um nódulo e Hannah terá que passar por outra cirurgia, ou por
tratamento de radioterapia.
Outro caso instigante é o das duas gêmeas
idênticas britânicas, diagnosticadas com leucemia, com apenas duas semanas de
intervalo.
O drama das meninas Megan e Gracie Garwood,
de 4 anos, começou em agosto de 2009. "Receber a notícia de que você tem
três filhos e dois deles têm câncer é inimaginável", afirmou a mãe das
meninas. "Você fica pensando o que fez para merecer isso". Câncer é
uma palavra derivada do grego “karkinos”, a figura mitológica de um caranguejo
gigante, escolhida por Hipócrates, para representar úlceras de difícil cicatrização
e que, ao longo do tempo, consagrou-se como sinônimo genérico das neoplasias
malignas. Há mais de cem tipos diferentes de câncer, que variam, ao extremo, em
suas causas, manifestações e prognósticos.
Diferentemente do câncer em adultos, em que
se leva em conta aspectos do comportamento como fumo, alcoolismo, alimentação,
sedentarismo e exposição ao sol, a medicina, ainda, não conseguiu estabelecer
os verdadeiros fatores de risco do câncer pediátrico.
Os casos de Hannah Powell-Auslam, Megan e
Gracie Garwood bem que podem entrar nas estatísticas brasileiras do câncer
infanto-juvenil, que atinge crianças e adolescentes de um a 19 anos.
Segundo pesquisa divulgada pelo Inca
(Instituto Nacional de Câncer) e pela Sobop (Sociedade Brasileira de Oncologia
Pediátrica), o câncer é a doença que mais mata os jovens, na faixa dos cinco
aos 18 anos, no Brasil. Pesquisa indica o surgimento de, aproximadamente, 10
mil casos de câncer infanto-juvenil, a cada ano, no Brasil, a partir do biênio
2008/2009.
O agravante é que o câncer, nos adolescentes,
costuma ser mais agressivo do que nos adultos, e é mais difícil de ser
diagnosticado, segundo Luiz Henrique Gebrin, Diretor do Departamento de
Mastologia do Hospital Pérola Biynton, em São Paulo (SP).
- Será o câncer, então, uma obra do acaso,
uma “punição divina” ou um “carma” do espírito?
Hoje, à luz da Ciência médica, pode-se
afirmar que o fator predominante da carcinogênese é, sem dúvida, o
comportamento humano: tabagismo, abuso de álcool, maus hábitos alimentares e de
higiene, obesidade e sedentarismo, os quais são responsáveis por quatro, em
cada cinco casos de câncer e por 70% do total de mortes. Os cânceres por
herança genética pura, ou seja, que não dependem de fatores comportamentais e
ambientais, são menos de 5% do total.
A experiência corrobora, pois, que o câncer é
uma enfermidade, potencialmente, “cármica”.
Estamos submetidos a um mecanismo de causa e
efeito que nos premia com a saúde ou corrige com a doença, de acordo com nossas
ações.
A criança de hoje foi o adulto de antanho. “O
corpo físico reflete o corpo espiritual que, por sua vez, reflete o corpo
mental, detentor da forma”.
(1) “Os que se envenenaram, conforme os
tóxicos de que se valeram, renascem, trazendo as afecções valvulares, os
achaques do aparelho digestivo, as doenças do sangue e as disfunções
endocrínicas, tanto quanto outros males de etiologia obscura; os que
incendiaram a própria carne amargam as agruras da ictiose ou do pênfigo; os que
se asfixiaram, seja no leito das águas ou nas correntes de gás, exibem os
processos mórbidos das vias respiratórias, como no caso do enfisema ou dos
cistos pulmonares; os que se enforcaram carreiam consigo os dolorosos
distúrbios do sistema nervoso, como sejam as neoplasias diversas e a paralisia
cerebral infantil; os que estilhaçaram o crânio ou deitaram a própria cabeça
sob rodas destruidoras, experimentam desarmonias da mesma espécie, notadamente
as que se relacionam com o cretinismo, e os que se atiraram de grande altura
reaparecem, portando os padecimentos da distrofia muscular progressiva ou da
osteíte difusa.” (2)
“A cura para o câncer não deverá surgir nos
próximos dez anos” (3) é o que afirma o articulista da Revista Time, Shannon
Browlee.
Talvez os cientistas nunca encontrem uma
única resposta, um único medicamento capaz de restaurar a saúde de todos os
pacientes com câncer, porque um tumor não é igual ao outro.
Os espíritas sabem que não existem doenças e
sim doentes. Em verdade, "todos os sintomas mentais depressivos
influenciam as células em estado de mitose, estabelecendo fatores de
desagregação.”
(4) Apesar dos consideráveis avanços
tecnológicos, em busca do diagnóstico precoce e do tratamento eficaz, a
Medicina e a Ciência, em geral, estão, ainda, distantes de dominarem o
comportamento descontrolado das células neoplásicas.
Obviamente, não precisamos insistir na busca
de vidas passadas para justificar o câncer: As estatísticas demonstram grande
incidência de câncer no pulmão, em pessoas que fumam na atual encarnação.
Muitas formas de cânceres têm sua gênese no
comportamento moral insano atual, nas atitudes mentais agressivas, nas
postulações emocionais enfermiças. “O mau-humor é fator cancerígeno que ora
ataca uma larga faixa da sociedade estúrdia.”
(5) O ódio, o rancor, a mágoa, a ira são
tóxicos fulminantes no oxigênio da saúde mental e física, consomem a energia
vital e abrem espaços intercelulares para a distonia e a instalação de doenças.
São “agentes poluidores e responsáveis por distúrbios emocionais de grande
porte, são eles os geradores de perturbações dos aparelhos respiratório,
digestivo, circulatório. Responsáveis por cânceres físicos, são as matrizes das
desordens mentais e sociais que abalam a vida”
(6) Falando sobre doença cármica, “o câncer
pode, até, eliminar as sombras do passado, mas não ilumina a estrada do porvir.
Isso depende de nossas ações, da maneira como arrostamos problemas e doenças.
Quando a nossa reação diante da dor não
oprime aqueles que nos rodeiam, estamos nos redimindo, habilitados a um futuro
luminoso. "Quando nos rendemos ao desequilíbrio ou estabelecemos
perturbações em prejuízo contra nós (...), plasmamos nos tecidos
fisiopsicossomáticos determinados campos de ruptura na harmonia celular,
criando predisposições mórbidas para essa ou aquela enfermidade e, conseqüentemente,
toda a zona atingida torna-se passível de invasão microbiana.”
(7) Outra situação complicada é o aborto que
“oferece funestas intercorrências para as mulheres que a ele se submetem,
impelindo-as à desencarnação prematura, seja pelo câncer ou por outras
moléstias de formação obscura, quando não se anulam em aflitivo processo de
obsessão.”
(8)O conhecimento espírita nos auxilia a
transformar a carga mental da culpa, incrustada no perispírito, e nos
possibilita maior serenidade ante os desafios da doença. Isso influenciará no
sistema imunológico.
Os reflexos dos sentimentos e pensamentos
negativos que alimentamos se voltam sobre nós mesmos, depois de transformados
em ondas mentais, tumultuando nossas funções orgânicas.
Para todos os males e quaisquer doenças,
centremos nossos pensamentos em Jesus, pois nosso bálsamo restaurador da saúde
é, e será sempre, o Cristo.
Ajustemo-nos ao Evangelho Redentor, pois o
Mestre dos mestres é o médico das nossas almas enfermas.
CENTRO ESPÍRITA MÉDICO UBIRAJARA LARA,
Fontes:
(1) Xavier, Francisco Cândido. Evolução em
Dois Mundos , ditado pelo espírito André Luis 15ª edição, Rio de Janeiro: Ed.
FEB, 1997.
(2) Xavier Francisco Cândido. Religião dos
Espíritos, Rio de Janeiro: 11ª Edição Ed. FEB - (Mensagem psicografada por em
reunião pública de 03/07/1959)
(3) Transcrita em um caderno especial na
Folha de São Paulo de 4 de novembro de 1999
(4) Xavier, Francisco Cândido. Pensamento e
Vida, ditado pelo espírito Emmanuel, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2000
(5) Franco, Divaldo. Receita de Paz, ditado
pelo espírito Joanna de Angelis, Salvador: Ed. Leal, 1999
(6) FRANCO, Divaldo Pereira. O Ser
Consciente, Bahia, Livraria Espírita Alvorada Editora, 1993
(7) Artigo "Uma Visão Integral do
Homem", Grupo Espírita Socorrista Eurípides Barsanulfo, disponível no site
http://www.geocities.com/Athens/9319/chacras.htm, acessado em 25/04/2006
(8) Xavier Francisco Cândido e Vieira Waldo.
Leis de Amor, São Paulo: Edição FEESP, 1981
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