Por Allê de
Paula
Temos que falar
aquilo que pensamos, mas temos que pensar naquilo que falamos! (Platão)
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Atente para o conto
abaixo:
Por volta de 2000
anos a.C., um mercador grego, muito rico queria dar uma banquete com comidas
especiais para convidados especiais. Tratou de chamar seu mais eficiente
escravo e ordenou-lhe que fosse ao mercado comprar as melhor e mais deliciosa
iguaria.
O escravo voltou
com um belo prato, coberto com fino pano. O mercador grego removeu o pano e
assustado disse:
—LÍNGUA? Este
é o prato mais delicioso?
O escravo, sem
levantar a cabeça, respondeu:
—Senhor, A LÍNGUA é
o prato mais delicioso, sim senhor. É com a língua que você pede água,
diz os primeiros papai e mamãe, faz amizades, conhece pessoas, distribui bens,
perdoa. Como a língua você conquista, reúne as pessoas para se comunicar,
diz Meu DEUS, ora, canta, conta histórias, faz negócios e diz eu te Amo.
O mercador não
muito convencido quis testar a sabedoria do seu escravo e o enviou novamente ao
mercado ordenando-lhe agora que comprasse o pior e mais ruim de todas as
iguarias.
Voltou o escravo
com um lindo prato, coberto por fino tecido, que o mercador retirou
cuidadosamente, ansioso para conhecer o alimento mais repugnante.
—LINGUA, outra vez,
disse o mercador grego muito espantado.
—Sim, LINGUA, diz o
escravo:
—É a LINGUA que
condena, separa, provoca intrigas e ciúmes. É com ela que você blasfema e
manda para os piores lugares.
A língua expulsa,
isola, engana o irmão, responde para os pais.
A língua declara
guerra! É com ela que você pronuncia sentença de morte.
Não há nada PIOR
que a LINGUA, não há nada MELHOR que a LINGUA.
Depende
o USO que faz dela.
Segundo a
fonoaudióloga Elen Campos Caiado, o pensamento precede a linguagem, onde as
imagens mentais, segundo estudiosos, são cópias ativas da realidade que é
organizada pelo cérebro.
Kardec nos assevera
que: Quando o pensamento está em algum lugar, a alma está também, uma vez
que é a alma que pensa. O pensamento é um atributo da alma. (L.E.
questão 89) [grifo nosso].
Somos na essência
aquilo que pensamos, pois nossos pensamentos podem se concretizar em ações,
dependera do uso da vontade que é uma espécie de gerente máxima dos nossos
pensamentos.
Baseado nisso
podemos entendem melhor o que Allan Kardec discorre com o tema: Causas
atuais das nossas aflições, onde: Quantos homens caem por sua própria
culpa! Quantas pessoas arruinadas por falta de ordem, de perseverança,
por mau comportamento. (ESE cap V), e podemos estender ao grau de responsabilidade
que temos dentro das causas atuais mediante uso da nossa língua.
Se se pudesse
suspeitar do imenso mecanismo que o pensamento aciona e dos efeitos que ele
produz de um indivíduo a outro, de um grupo de seres a outro grupo e, afinal,
da ação universal dos pensamentos das criaturas umas sobre as outras, o homem
ficaria assombrado! (Obras Póstumas, Primeira Parte. Fotografia e telegrafia do
pensamento).
Por isso que no
evangelho apócrifo de Tiago nos afirma 3:6 que: A língua também é um fogo; como
mundo de iniquidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina
todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno.
Concluindo temos
que nos acautelar mais e policiar nossos pensamentos para que palavras
carregadas de sentimentos negativos não nos comprometam ainda mais. Lembre-se
VIGIAI E ORAI (Mt 26:41)
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