Por Jorge Hessen
A concepção de um novo filho no seio familiar
possibilita o reencontro de espíritos que trazem em comum as boas experiências
de vidas anteriores. Reaproximação que começa na programação pré-existencial
reencarnatória, esquematizada nas instituições espirituais. Se sucederem filhos
gêmeos idênticos, serão situações especiais que despertarão a maior atenção dos
pais.
Frequentemente, os gêmeos idênticos são
espíritos que têm forte afinidade. Porém, às vezes, não! O mecanismo das
múltiplas vidas consegue elucidar as ocasionais diferenças entre dois espíritos
física e geneticamente semelhantes, pois os gêmeos univitelinos, conquanto
genética e fisiologicamente tenham as mesmas vulnerabilidades e potencialidades
orgânicas são, espiritualmente, cada qual, absolutamente, ÚNICOS no Universo. Não
se pode explicar apenas pelas influências do meio gestacional, educativo ou
fatores genéticos, as diferenças comportamentais que quase sempre eles
apresentam.
Do ponto de vista reencarnacionista,
identificaremos que os gêmeos univitelinos (ou não) trazem um acervo moral e
intelectual dessemelhantes das vivências antecedentes. Cada qual experimentou
circunstâncias que registraram em sua organização psicossomática, com
tendências intelecto-morais, categoricamente, particulares. Podem ocorrer que
tais gêmeos fiquem interligados, emocionalmente, durante a vida, mesmo que
sejam, psiquicamente, diferentes, ao ponto de captar as oscilações de aflição e
desgosto do outro.
Seguramente, as experiências em comum de
vidas antecedentes que os mantinham, reciprocamente, conectados, interrompidas
na gestação, comportam a instantânea e fina sintonia mento-magnética entre os
dois, motivo pelo qual percebem, eventualmente, as ocorrências difíceis que o
outro experimenta. A semelhança de caráter que, muitas vezes, existe entre dois
irmãos, mormente se gêmeos, decorre da simpatia que os aproximam por analogia
de sentimentos e os fazem felizes por estarem juntos. Kardec comenta: “Em muitos
casos, os irmãos gêmeos são Espíritos simpáticos, que se unem por analogia de
sentimentos, porém, nem todos são assim. Pode acontecer o contrário: serem
Espíritos inimigos que a justiça divina faz se reencontrarem na formação
biológica, no sentido de que se processe o perdão com mais eficiência”. (1)
Com relação aos vínculos espirituais entre os
gêmeos, é certo que existem, mas pode ser de afinidade ou de repulsão. Há
gêmeos que reencarnam unidos em função de compromissos morais mútuos que
refletem a necessidade de reparação dos equívocos do passado que respingam nos
dramas familiares. Não existe o acaso na dinâmica das leis naturais, logo,
sempre há um agente causal determinando que tais gêmeos permaneçam próximos.
Muitas vezes um traz jovialidade e encanto na convivência, outro traz aversão,
discórdia, atritos diversos. Nesse último caso, a vida proporciona oportunidade
de reconciliação com os adversários do passado através dos laços consanguíneos.
Do exposto e, por fortes razões, devemos aprimorar, sem esmorecimento, as relações diretas e indiretas com os pais, irmãos, tios, primos e demais parentes nas lutas do mundo, a fim de que a vida não venha nos cobrar novas e mais enérgicas experiências nas próximas encarnações. A estrutura familiar tem suas matrizes na esfera espiritual. Em seus vínculos, juntam-se todos aqueles que se comprometeram no além a desenvolver na Terra uma tarefa construtiva de fraternidade real e definitiva.
Prevalecem, portanto, na família os elos do
amor, fundidos nas experiências de outras eras. Todavia, como se observa,
atualmente, no clã familiar afluem, igualmente, os ódios e as perseguições do
pretérito obscuro, que devem ser transformados em vínculos solidários e
fraternos, com vistas ao futuro de paz e amor.
Fonte: Agenda Espírita
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